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‘A gente brincou de fazer música e brincou sério', diz Linn da Quebrada

Aos 30 anos, a artista lança “Trava Línguas”, seu segundo álbum, e “passa o bastão” das armas da representatividade

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Divulgação

Por: Redação

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Publicado em 16.07.2021 | 16:52 | Alterado em 15.01.2022 | 14:12

Tempo de leitura: 2 min(s)

“Já enviadesci, já fui bixa preta, já me disse mulher, já me transtornei bixa travesty e agora, aos 30 anos, me pergunto quem sou eu”, definiu Linn da Quebrada em entrevista à Agência Mural.

Em 2016, Lina Pereira deu a primeira entrevista para a Mural. Na época ela ainda era MC Linn, estava no começo da carreira e tinha acabado de lançar o single “Enviadescer”. No ano seguinte lançou “Pajubá”, primeiro álbum que a projetou nacionalmente. Em 2019 deu vida ao documentário “Bixa Travesty”, que narrou a trajetória até ali.

Linn da Quebrada, nome artístico que conhecemos hoje, nasceu na Fazenda da Juta, periferia do extremo leste da cidade de São Paulo. Naquele território, Linn criou raízes nos anos que morou com Thiago Felix, seu gestor de carreira, e com o coletivo Periferia Preta.

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Com trabalho novo a ser lançado, Linn bateu um papo com a Agência Mural @Divulgação

Agora, Linn lança o segundo álbum, intitulado “Trava Línguas” e é um mergulho na autodescoberta da artista: “A gente brincou de fazer música e brincou sério”, disse. A maioria das 11 músicas do álbum foram escritas durante a turnê de Pajubá. Foi um experimento sonoro que se tornou um álbum. 

Até chegar nessa versão lançada nesta sexta-feira (16), Linn chegou a convidar e desconvidar pessoas para cantar com ela. “É muito maduro isso”, reconhece. “Contar para as pessoas que o álbum tinha se tornado outra coisa foi muito bonito”.

Magoada com a indústria fonográfica, Linn decidiu mudar de sonoridade no novo trabalho e também de narrativa. “A indústria tirou muito de mim. Eu fui muito adoecida. Esse mercado que se apropria das nossas feridas para fazer delas os seus slogans, se aproveita das feridas enquanto elas são rentáveis e isso me feriu mais”.

E a cantora avisa: “Foi preciso pegar e usar essa arma, mas em algum momento a gente precisa aprender a deixar essas armas para trás, abandonar essas armas, pegar outras armas e passar essa arma da representatividade para outras pessoas”. 

Linn foi entrevistada do Próxima Parada. Ouça agora o episódio completo:

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