Limão, Casa Verde e Cachoeirinha acomodam juntos 310 mil moradores.
Por: Redação
Publicado em 24.10.2016 | 13:36 | Alterado em 24.10.2016 | 13:36
Gabriela Antonini, 31, precisou de alguns segundos para elencar os diferentes lugares nos quais já morou em São Paulo. Da Vila Madalena, na zona oeste, onde nasceu e vivia na casa da patroa na qual sua mãe trabalhava, mudou-se, mais tarde, para um bairro zona sul. Passou por Cotia, na Grande São Paulo, até voltar novamente à capital paulista, mais especificamente pro distrito da Casa Verde/Cachoeirinha.
“Faz quatro anos que moro na Casa Verde. De todos os lugares nos quais morei aqui é o que gosto mais”, afirma a química. “Moro em um bairro que, para os Correios, é conhecida como Vila Baruel. Realmente tem muito ar de vila. Tudo que preciso tenho perto: mercados, bancos diversos. Alguns lugares com boa comida”, completa.
Além do distrito onde reside Gabriela e do vizinho que também dá nome à subprefeitura [Cachoeirnha], o trio é formado ainda pelo Limão. Juntos, os três acomodam 310 mil moradores. Quase metade da população se concentra no Cachoeirinha, 143 mil. Como o próprio nome já diz, o batismo à região se deve a uma antiga cachoeira existente naquelas redondezas, porém, que teve de ser soterrada para dar lugar à Avenida Inajar de Souza, uma das principais da zona norte.
O batismo ao Limão, onde vivem 80.229 mil pessoas, não foi diferente. A herança do nome veio da existência de limão bravo encontrado exatamente na divisa com a Freguesia do Ó, região habitada por antigos colonos. O Limão é ainda bairro de passagem para outros, como a Brasilândia, além de ser rota para algumas das principais vias da região, como: avenida Celestino Bourroul, avenida Deputado Emílio Carlos, avenida Antônio Munhoz Bonilha e avenida Clávasio Alves da Silva.
No entanto, para Gabriela, uma das grandes coisas boas da região é o acesso. Mas não à própria região norte. “O acesso é ótimo, mas para o centro. Eu acho meio difícil o deslocamento aqui na própria zona norte. É muito mais fácil ir para o centro, para a Vila Madalena”, garante.
Não diferente de outros distritos e subprefeituras da capital paulista, a região é marcada por alguns contrastes. O número de internações de mulheres de 20 a 59 anos por causas relacionadas a possíveis agressões reduziu em quase três vezes, 70 para 23.. Já as agressões a idosos diminuíram de 22 para 8. Também diminuíram os números de adolescentes grávidas, de mortes por atropelamento e no trânsito.
Neste ano, a Prefeitura inaugurou a Nova Praça Cruz da Esperança. Considerada uma antiga reivindicação dos moradores do bairro Casa Verde, ela foi atendida e a Praça Cruz da Esperança passou por revitalização.
Por lá, quem comanda a subprefeitura é Marcelino Atanes Neto, morador da região. Atanes Neto é técnico de contabilidade e advogado, e foi ainda ouvidor geral da Câmara Municipal antes de assumir em março deste ano o cargo de subprefeito de Casa Verde/Cachoeirinha.
Como parte do Programa de Metas (2013-2016), estão previstas até o fim do mandato do prefeito Fernando Haddad (PT), 29 metas. Entre elas, a número 20, que prevê a instalação de 32 unidades da Rede Hora Certa distribuídas em cada uma das subprefeituras, alcançando 108%, e a meta 23, que institui a recuperação e adequação de 16 hospitais e a ativação de 250 leitos.
A Agência Mural de Jornalismo das Periferias, uma organização sem fins lucrativos, tem como missão reduzir as lacunas de informação sobre as periferias da Grande São Paulo. Portanto queremos que nossas reportagens alcancem outras e novas audiências.
Se você quer saber como republicar nosso conteúdo, seja ele texto, foto, arte, vídeo, áudio, no seu meio, escreva pra gente.
Envie uma mensagem para republique@agenciamural.org.br