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Pokémon GO une estudantes da periferia mesmo sem pokestops

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Por Redação | 12.08.2016

Publicado em 12.08.2016 | 16:57 | Alterado em 31.01.2023 | 15:57

Tempo de leitura: 2 min(s)
Gabrielly, 15, e Bárbara, 15, em busca de pokémon na Etec Pirituba | foto: Gabriel Lucena

Que o jogo para smartphones Pokémon GO é a mais nova febre do Brasil, isso já não é nenhuma novidade.

Lançado no início deste mês, as escolas também se tornaram locais para capturar pokémon, o que tem sido não apenas uma questão de passatempo, mas um convite à sociabilização entre os colegas.

É o que vem acontecendo na ETEC Pirituba, na zona noroeste da capital paulista. “Falei com um pessoal que eu não falava antes”, afirma Raphael Molina, 17, do 3º ano do ensino médio regular.

“Aí chegava, tipo: ‘Pô, você é de que time? Caramba, eu também sou! Vamos dar uns rolês’”.

Bárbara Martins, 15, também do curso eletroeletrônica, diz que o jogo ajudou, inclusive, a integrar sua turma. “Parece que a minha sala se une mais quando o assunto é Pokémon”.

Como o game foi liberado por volta das 20h, por conta do perigo de sair nas ruas de São Paulo à noite com um celular na mão, os jovens que baixaram o app tiveram que esperar a manhã seguinte para poder caçar pokémon.

A escola foi, então, o primeiro destino. O dia amanheceu com todos os alunos comentando sobre o lançamento, perguntando uns aos outros se haviam baixado o aplicativo, qual pokémon inicial haviam escolhido e se já tinham pegado algum monstrinho dentro de casa.

Estudantes fazem novas amizades durante caça a pokémon na Etec Pirituba | foto: Gabriel Lucena

Samuel Renan, 17, do 3º ano do ensino médio regular, diz ter capturado um gastly (um pokémon consideravelmente raro dentro do jogo), além de vários zubat e clefairy (bichinhos extremamente comuns).

O jogo usa tecnologia GPS, internet e realidade aumentada (com o uso da câmera do smartphone) para que jogadores, ou melhor, treinadores pokémon, possam capturar, treinar e batalhar com seus bichinhos.

Considerado um “vírus”, os estudantes também contam que o jogo tem estimulado a fazer mais caminhadas e exercícios.

“Para falar a verdade, no primeiro dia, eu não estava me importando com o jogo”, afirma Isabella Fernanda, 15, do 1º ano do curso de eletroeletrônica do ETIM (ensino técnico integrado ao médio).

“Mas aí virou um vírus e me contaminou”, diz Isabella, que já se encontra no nível 10 — o que significa que, nos últimos dias, ela jogou e cresceu o nível de seu personagem dentro do jogo.

Muitos alunos também afirmam que, como o jogo consome baixa quantidade de dados, tem havido mais interação com outras pessoas na vida real, bem como o sonho de, finalmente, se tornarem “mestres pokémon”.

Por outro lado, um aspecto negativo é a falta de pokéstops (locais especiais no mapa onde o treinador pode pegar itens e experiência para subir de nível) na escola e no bairro, assim como o esgotamento baixo da bateria.

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