APOIE A AGÊNCIA MURAL

Colabore com o nosso jornalismo independente feito pelas e para as periferias.

OU

MANDE UM PIX qrcode

Escaneie o qr code ou use a Chave pix:

apoie@agenciamural.org.br

Agência de Jornalismo das periferias
Notícias

‘Peguei as malandragens de andar de bike’, diz ciclista que vive em Guaianases

Subprefeitura de Guaianases, no extremo leste de SP, é recordista negativa em número de mortes com bicicleta na capital paulista

Image

Por: Redação

Publicado em 17.11.2016 | 12:56 | Alterado em 17.11.2016 | 12:56

Tempo de leitura: 2 min(s)

“Graças a Deus”, comemora aliviado Renan Higgor da Silva, 20, ao descobrir que a subprefeitura em que mora é uma das recordistas negativas em número de mortes com bicicleta na capital paulista. Guaianases e Ermelino Matarazzo, ambos no extremo leste, estão praticamente empatadas, com duas mortes, para uma população de 260 mil e 205 mil, respectivamente, segundo o Observatório Cidadão.

Morador do bairro Jardim Aurora, em Guaianases, hoje aos 20 anos, Silva afirma que sempre andou de bicicleta pela região. Dono de veículos motorizados, resolveu deixá-los de lado para pedalar por dois quilômetros rumo ao trabalho. “Tenho carro e moto, mas vou todos os dias de bike porque é mais saudável. Sei que faz bem para mim. É um exercício diário”, diz.

Na capital, os óbitos de ciclistas diminuíram, enquanto o total de bikers aumentou muito mais do que a quantidade de mortes, acompanhando o aumento populacional da cidade. No ano passado, 35 pessoas morreram em um total de 11 milhões e 500 mil habitantes. Ante 2014, quando 46 perderam suas vidas em um total de 11 milhões e 453 mil.

De acordo com a pesquisa do Dia Mundial sem Carro, realizada pelo Ibope em parceria com a Rede Nossa São Paulo e com a Fercomercio-SP, 7% da população usou a bicicleta em 2015. Entre os que não usaram, 44% afirmaram que utilizariam caso sentissem mais seguranças, 18% pontuaram a necessidade de melhorias da sinalização nas ruas e 13% destacaram a existência de mais ciclovias.

Sem ciclovias no distrito onde mora, Silva destaca que aprendeu a “se virar” no itinerário. “Conforme vou e volto ao trabalho, peguei as malandragens”, diz. “Para mim é normal andar de bike na minha área, mas já tive que escapar várias vezes de acidentes”.

Em São Paulo, seis subprefeituras, a maioria na zona sul, detém os piores índices em relação à quantidade de mortes no quesito: Ermelino Matarazzo, Guaianases, Capela do Socorro, Parelheiros, Penha e Lapa. Duas estão abaixo da média: Mooca e M’ Boi Mirim.

Foto: Flickr

receba o melhor da mural no seu e-mail

Redação

A Agência Mural de Jornalismo das Periferias tem como missão minimizar as lacunas de informação e contribuir para a desconstrução de estereótipos sobre as periferias da Grande São Paulo.

Republique

A Agência Mural de Jornalismo das Periferias, uma organização sem fins lucrativos, tem como missão reduzir as lacunas de informação sobre as periferias da Grande São Paulo. Portanto queremos que nossas reportagens alcancem outras e novas audiências.

Se você quer saber como republicar nosso conteúdo, seja ele texto, foto, arte, vídeo, áudio, no seu meio, escreva pra gente.

Envie uma mensagem para republique@agenciamural.org.br

Reportar erro

Quer informar a nossa redação sobre algum erro nesta matéria? Preencha o formulário abaixo.

PUBLICIDADE