Região esteve fora dessa faixa desde junho; Medida tenta conter alta de casos de Covid-19 e internações na capital e nas cidades vizinhas
Léu Britto/Agência Mural
Por: Paulo Talarico
Notícia
Publicado em 26.02.2021 | 15:57 | Alterado em 23.11.2021 | 19:17
Na tarde desta sexta-feira (26), o governador João Doria (PSDB) anunciou que a Grande São Paulo regrediu da fase amarela para laranja do Plano São Paulo e voltou a restringir a abertura de bares. Outros estabelecimentos como salões de beleza, academias e restaurantes podem seguir abertos por oito horas.
A capital e as 38 cidades da região metropolitana não estavam nessa fase em tempo integral desde junho do ano passado. No final do ano, a gestão chegou a adotar a fase vermelha nos fins de semana e em alguns horários.
A volta para a fase laranja foi adotada por causa do aumento de casos e ocupação de leitos de hospital por causa da pandemia da Covid-19, segundo a gestão estadual.
O recorde de internações em leitos de UTIs (Unidade de Tratamento Intensivo) voltados para pacientes com a doença foi um dos argumentos usados para a nova reclassificação da região.
Nos dados oficiais apresentados, 6.767 leitos estavam ocupados nesta quarta-feira (24). O recorde anterior era de julho de 2020, com 6.250.
O estado também registrou aumento de 13% em novas internações entre 21 e 25 de fevereiro, em relação à semana anterior. Nesta quinta-feira (25), 70% dos leitos de UTI estavam ocupados e desde o começo da pandemia foram 32 mil mortes na região metropolitana, mostra o Panorama da Covid-19.
O aumento na ocupação vem desde outubro do ano passado, época das eleições municipais. Na época, havia preocupação com as aglomerações na campanha eleitoral e, depois, com as festas e compras de final de ano. Desde então, o número de casos voltou a aumentar assim como as perdas.
VEJA TAMBÉM:
Jovens relatam os motivos para irem a festas durante a pandemia
‘Exaustivo’: a vida de uma auxiliar de enfermagem na pandemia de Covid-19
Ainda na quarta-feira, o governo estadual havia anunciado que São Paulo montaria operações de fiscalização para tentar restringir a circulação de pessoas entre as 23h e as 5h. A medida, chamada de ‘toque de restrição’, vale a partir desta sexta-feira (26).
Na etapa laranja, academias, salões de beleza, restaurantes, cinemas, teatros, shoppings, concessionárias, escritórios podem funcionar por até oito horas diárias, com atendimento presencial limitado a 40% da capacidade, com início às 6h e encerramento às 20h.
Por outro lado, os parques são liberados nesta fase enquanto o consumo local em bares é proibido, mas com possibilidade de delivery.
Iniciado em junho do ano passado, o Plano São Paulo sofreu várias alterações com o decorrer da pandemia. A fase laranja do plano previa que restaurantes e salões e academias também deveriam ser mantidos fechados.
No entanto, desta vez, a decisão da gestão estadual decidiu proibir apenas bares, que devem seguir apenas com serviços de delivery.
Diretor de Treinamento e Dados e cofundador, faz parte da Agência Mural desde 2011. É também formado em História pela USP, tem pós-graduação em jornalismo esportivo e curso técnico em locução para rádio e TV.
A Agência Mural de Jornalismo das Periferias, uma organização sem fins lucrativos, tem como missão reduzir as lacunas de informação sobre as periferias da Grande São Paulo. Portanto queremos que nossas reportagens alcancem outras e novas audiências.
Se você quer saber como republicar nosso conteúdo, seja ele texto, foto, arte, vídeo, áudio, no seu meio, escreva pra gente.
Envie uma mensagem para republique@agenciamural.org.br