Plano São Paulo foi atualizado e número de casos rebaixou municípios para fase laranja; Prefeito de Barueri diz que cidade seguirá na fase amarela por decisão própria
Paulo Talarico/Agência Mural
Por: Paulo Talarico | Lucas Veloso
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Publicado em 07.08.2020 | 21:24 | Alterado em 27.02.2024 | 16:22
Plano São Paulo foi atualizado e número de casos rebaixou municípios para fase laranja; Prefeito de Barueri diz que cidade seguirá na fase amarela por decisão própria
Tempo de leitura: 3 min(s)Menos de um mês depois do anúncio de que poderiam voltar a abrir bares, academias e salões de beleza, a região oeste da Grande São Paulo, voltou para a fase laranja do chamado plano São Paulo.
Na manhã desta sexta-feira (7), o governador de São Paulo, João Doria, atualizou o plano de flexibilização. Na nova configuração, a sub-região oeste da região metropolitana foi rebaixada para a fase laranja da quarentena.
A área engloba as cidades de Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus e Santana de Parnaíba. Além delas, as cinco cidades da região norte: Caieiras, Cajamar, Franco da Rocha, Francisco Morato e Mairiporã também seguem na fase laranja.
Nesta fase, é permitida a abertura de 20% da capacidade de lojas e serviços. Essa abertura pode ser feita pelo período de quatro horas diárias, todos os dias; ou por seis horas, desde que abra apenas por quatro dias na semana. A praça de alimentação nesse caso não é permitida, o consumo em bares, a ida a academias e salões de beleza são proibidos.
Algo pouco provável em cidades que já vivem um clima de normalidade, apesar do número de mortes e de casos que não parou de subir e dobrou desde o início do Plano São Paulo.
Principal centro comercial de Osasco, o calçadão da rua Antonio Agu estava cheio na tarde desta terça-feira (7). O ritmo das vendas está longe de ser o de antes da pandemia, mas filas nas caixas lotéricas, dentro do shopping e nas lojas deixam dúvidas sobre se ainda há uma quarentena.
O governo paulista também anunciou a prorrogação da quarentena no estado até o dia 23 de agosto.
A taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para a Covid-19 entre 75% e 80% é um dos requisitos para esse nível.
Outras nove regiões do estado de São Paulo evoluíram seus indicadores relacionados à pandemia do novo coronavírus e estão agora na Fase 3 – Amarela do Plano São Paulo. Com a mudança, o estado têm agora 86,1% de seu território na fase amarela do Plano.
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O Plano São Paulo é atualizado quinzenalmente, de acordo com dados colhidos nas semanas anteriores pelo próprio governo. O plano é dividido em cinco fases que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (Vermelho) a etapas identificadas como controle (Laranja), flexibilização (Amarelo), abertura parcial (Verde) e normal controlado (Azul).
A análise tem sido feita com base nas cinco regiões em que está dividida a Grande São Paulo. As sete cidades da região oeste estão dentro do quesito de vagas de UTI. No entanto, o avanço de casos nos municípios ficou abaixo do esperado para manter os municípios na fase amarela.
A decisão de usar a média das cidades para avaliação não foi aceita por todos os gestores.
PREFEITO DESAFIA ESTADO
Em Barueri, o prefeito Rubens Furlan (PSDB) disse que não irá respeitar a decisão estadual. “Vamos permanecer na cor amarela por um decreto meu”, afirmou o gestor que é do mesmo partido de João Doria.
“Fui surpreendido com a decisão do governador de regredir o nosso município da faixa amarela para a laranja”, diz. “Todas as exigências estabelecidas pelo próprio estado, estamos cumprindo rigorosamente”.
O gestor disse que a capacidade hospitalar está acima dos 40%, assim como leitos de internação e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Ele disse que há um entendimento do STF (Supremo Tribunal Federal) que permite as cidades indicarem quais serão as medidas tomadas.
A decisão sobre o Plano São Paulo tem causado polêmica e levado a questionamentos na Justiça. Em junho, a cidade de Mairiporã tentou mudar de fase da quarentena por conta própria, mas a decisão foi barrada pela justiça.
O plano de flexibilização também foi criticado por diversos prefeitos por apontar diferenças entre cidades que têm limites próximos e moradores que circulam entre elas.
Diretor de Treinamento e Dados e cofundador, faz parte da Agência Mural desde 2011. É também formado em História pela USP, tem pós-graduação em jornalismo esportivo e curso técnico em locução para rádio e TV.
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