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Jovens periféricas relatam como é ser voluntária no Centro de Valorização da Vida 

Por: Jacqueline Maria da Silva

Sentimentos desconfortáveis, pensamentos conflituosos e confusão mental extrema. Como lidar com essa dor? Agitados, os dedos correm pelo teclado do celular e buscam: “ajuda emocional urgente”.

No primeiro resultado, o link para um site com a sigla CVV (Centro de Valorização à Vida) e o número de telefone 188. Será? A ligação chama e pouco depois alguém responde: “alô, quem fala?”. Está aí a oportunidade.

O responsável por essa acolhida é um voluntário de qualquer lugar do Brasil, que dedica parte dos seus dias a escutar e orientar pessoas que precisam de ajuda emocional. Mas quem é essa pessoa?

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Magno Borges/ Agência Mural

Magno Borges/ Agência Mural @Magno Borges/ Agência Mural

Magno Borges/ Agência Mural @Magno Borges/ Agência Mural

Talvez o usuário nunca saiba, já que os voluntários podem optar por não revelar sua identidade. Mas, quem sabe, a dona do “alô?” que mudou a vida de alguém seja a Rayane ou Rosana, duas jovens da periferia de São Paulo que escolheram dedicar parte de suas vidas a acolher pessoas em sofrimento psíquico e que vêem os atendimentos ganharem mais visibilidade ao longo do setembro amarelo, mês dedicado à prevenção de suicídios.

Mas por que elas escolheram dedicar seu tempo a essa causa? O que mudou em suas vidas depois dessa experiência?

São essas as perguntas que a Agência Mural responde, mas de um jeito diferente do padrão jornalístico: a ideia não é avaliar serviços ou levantar dados, mas mostrar os sentimentos de quem decidiu se vincular ao CVV e doar parte do seu tempo para escutar a dor de pessoas até então desconhecidas.

Para conhecer essas histórias, escolha entre as opções:

‘Eu acredito em você’

Voluntária na prevenção de suicídios tem vida transformada pelos casos que acolheu. Após trabalhar no Centro de Valorização da Vida, jovem da periferia consegue olhar para os próprios traumas e muda sua forma de se relacionar com as pessoas.

‘Exercitando minha humanidade’

‘Trabalhar com prevenção de suicídios exercita minha humanidade’ diz voluntária. Para assistente social que há anos trabalha no Centro de Valorização da Vida, todas as situações podem ser oportunidades de oferecer escuta a quem precisa

Saúde mental e pobreza

Como a conjuntura sócio econômica do país pode afetar a saúde mental ou agravar problemas das pessoas mais pobres?

*Os nomes de alguns dos personagens foram alterados, para preservar a identidade.

** O acolhimento no CVV é um primeiro apoio, mas não substitui a atenção especializada de um profissional de saúde mental.

Esta reportagem foi produzida com apoio da Report For The World

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