Por: Paulo Talarico
Notícia
Publicado em 28.05.2019 | 18:58 | Alterado em 28.05.2019 | 18:58
Paralisação ocorreu após não haver acordo entre prefeitura e funcionários; gestão ofereceu 5,3% de reajuste
Tempo de leitura: 2 min(s)Funcionários da prefeitura de Osasco, na Grande São Paulo, fizeram protesto ao longo desta terça-feira (28) em frente à prefeitura e, após horas de reunião, aprovaram iniciar uma greve a partir de segunda-feira (3).
O ato bloqueou a avenida Bussocaba, em frente à administração municipal, em ato convocado pelo Sintrasp (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Osasco e Região).
As negociações começaram em março, quando a assembleia geral da categoria definiu as reivindicações como aumento real de 10% e reajuste no vale-alimentação para R$ 550, entre outras demandas. No entanto, não houve acordo.
A prefeitura inicialmente ofereceu 4,8% de aumento real e, depois, 5,3%. Quanto ao vale-alimentação, a gestão propôs R$ 400.
Os valores não foram aceitos pela categoria. Apesar disso, o prefeito Rogério Lins (Podemos) gravou um vídeo em que “parabenizava” os servidores pelo reajuste, mesmo sem acordo com o sindicato.
“Mesmo em tempos de crise, [é] um reajuste acima da inflação”, afirmou o prefeito em pronunciamento no Facebook. “É óbvio que nós gostaríamos de dar um reajuste ainda maior para os nossos servidores, mas estamos discutindo ainda importantes planos de carreira que corrigem uma defasagem histórica”, diz o prefeito.
A inflação dos últimos 12 meses está em 3,78%. No entanto, a categoria alega que não houve reajuste nos últimos anos, e que é necessário uma recomposição maior.
“O prefeito foi taxativo de que não tem condição de melhorar o índice de 5,3% e tampouco o vale-alimentação de R$ 400″, afirmou Antônio Rodrigues dos Santos, o Toninho do Caps, presidente do Sintrasp, antes de submeter a decisão sobre greve em votação.
A gestão, segundo Toninho, se comprometeu apenas a voltar a discutir após o fechamento do segundo quadrimestre, em agosto. Servidores também reclamam sofrer perseguição por conta da manifestação.
Após deliberar sobre a greve, os servidores caminharam até a Câmara Municipal, onde também se reuniram com os legisladores. “Eu e os vereadores temos a caneta aqui na Câmara de Vereadores [para definir o reajuste dos funcionários da Casa], mas não do executivo. O que a gente pode fazer é se reunir com o prefeito para ver o que pode fazer para aumentar o 5,3%”.
Em nota, a prefeitura afirma que as negociações seguem em andamento. “A Administração Pública promoveu a valorização das áreas de Educação e de Segurança Pública com a instituição dos Planos de Carreiras, que representam um investimento de R$ 46 milhões em valorização dos servidores públicos”, diz a gestão.
A administração também alega que “o percentual de reajuste proposto pela Prefeitura não comprometerá o orçamento municipal, permitindo investimentos nas áreas essenciais”.
Diretor de Treinamento e Dados e cofundador, faz parte da Agência Mural desde 2011. É também formado em História pela USP, tem pós-graduação em jornalismo esportivo e curso técnico em locução para rádio e TV.
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