Em Carapicuíba, na Grande São Paulo, um grupo de mulheres se encontra semanalmente para criar rendas e entoar cantos

São as Rendeiras da Aldeia, artesãs que desde 2010 mantém viva na cidade a tradição da renda renascença

Linha, agulha e uma fita fina de algodão chamada lacê são as bases da renda renascença. A técnica tem origem italiana e foi trazida ao Brasil pelos portugueses no período da colonização

E a tradição chegou à Carapicuíba pelas mãos da artesã Wilma da Silva, moradora de Sapopemba, na zona leste de São Paulo

Ela foi convidada para compartilhar seus conhecimentos sobre a técnica no espaço Oca Escola Cultural. O local fica próximo da Aldeia Jesuítica, de 1580, um patrimônio histórico

Os aprendizados transformaram a renda no carro-chefe do projeto, que surgiu inicialmente durante um processo de alfabetização de moradores da região

Nos últimos anos, a iniciativa impactou a vida das rendeiras, ampliando perspectivas profissionais e financeiras. Aliane Lindolfo, também precursora do grupo, é um exemplo disso

"Sou da roça, cortadora de cana. Quando vim para a Oca, queria aprender a escrever meu nome. Mas a renda me proporcionou muita coisa, como me apresentar no Sesc, aparecer no jornal e dar uma vida melhor para meus filhos", conta

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Reportagem: Zeca Ferreira Adaptação do texto: Jessica Bernardo Edição: Tamiris Gomes Imagens: Zeca Ferreira + Divulgação Arte e montagem: Matheus Pigozzi