Marcos Furtado acompanha de perto o impacto da pandemia nas favelas cariocas
Por: Redação
Notícia
Publicado em 14.07.2020 | 16:32 | Alterado em 14.07.2020 | 17:09
Não é apenas nas periferias de São Paulo que encontramos dificuldades para combater a Covid-19 e seguir em quarentena. Viver em isolamento social nas comunidades cariocas também não está sendo uma tarefa fácil.
O “Em Quarentena” fez uma conexão online SP-RJ para conversar com o jornalista Marcos Furtado, autor da cartilha “Favela contra o coronavírus”. O material gratuito traz orientações sobre a doença para os moradores.
O jornalista mora na comunidade Pereira da Silva, em Santa Teresa, na região central da cidade do Rio de Janeiro, e vem acompanhando de perto o impacto da pandemia nas favelas.
“É muito curioso você falar sobre isolamento morando em favelas e regiões periféricas. Eu fico olhando, às vezes, reportagens e vendo reportagens em jornais que falam sobre os benefícios do home office, mas sempre de uma perspectiva de quem mora no centro, de quem mora em áreas que contam com serviços públicos de qualidade e até serviços particulares.” (ouça a partir de 00:50)
Furtado também falou sobre as dificuldades ampliadas pelo isolamento. “Quando você olha para as favelas, você vê uma série de faltas que existem aqui. Faltas históricas que acabam, que neste momento da quarentena, parece que vem uma lupa e aumenta essas faltas. E a gente sente mais essas faltas agora”. (ouça no 01:30)
Outro ponto da conversa foi sobre os hospitais de campanha. No Rio de Janeiro, houve atraso na entrega desses equipamentos. Furtado compartilha que isso virou motivo de piada por lá. “Os apresentadores dos telejornais locais perguntavam: ‘gente quando que vão ser inaugurados esses hospitais de campanha? Serão inaugurados só quando o coronavírus acabar’”?. (em 02:35)
E como se não bastasse a luta para combater o coronavírus, o jornalista enfatizou a necessidade de intensificar ainda mais o combate ao racismo no Rio de Janeiro neste período de pandemia. “Esse é um verdadeiro vírus que precisamos combater faz séculos e a gente não combate” (em 03:38)
Furtado foi direto ao ponto ao questionar: “Onde será que a população é mais vulnerável? Será na zona sul? Será nos bairros de pessoas mais brancas ou será nas favelas e regiões periféricas?”. (em 03:52)
Além de perguntas, o jornalista compartilhou soluções que colocou em prática, como a cartilha “Favela contra o coronavírus”, divulgada no site do projeto Colabora. Além da cartilha, que foi dividida em 4 partes, Marcos Furtado produziu uma série de 5 vídeos, com orientações do dia a dia.
Ouça este bate papo completo no Em Quarentena #53: Jornalista carioca cria cartilha de orientação sobre a Covid-19.
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Viver em meio ao coronavírus não deve estar sendo fácil para ninguém. Imagina então para quem vive nas periferias.
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