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Paulistas economizam e aproveitam últimos dias da Paralimpíada no Rio

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Por Priscila Pacheco | 21.09.2016

Publicado em 21.09.2016 | 20:21 | Alterado em 22.11.2021 | 15:43

Tempo de leitura: 3 min(s)

Primos do Grajaú fazem bate-volta para conhecer a competição na Cidade Maravilhosa e guarulhense se encanta com goalball feminino

Seleção feminina de goalball disputa a medalha de bronze com os Estados Unidos. A seleção americana venceu — Foto: Prsicila Pacheco/Agência Mural

Gabriel Macedo, 23, e Daniela Martins, 28, moradores do Grajaú, zona sul de São Paulo, nunca tinham ido a um grande evento esportivo antes da Paralimpíada 2016. Os dois, que são primos e trabalham em uma fábrica de peças para automóveis, decidiram fazer um “bate-volta” no Rio de Janeiro para acompanhar os últimos dia do evento.

A dupla assistiu à competição de tiro com arco, esporte que apreciam. Macedo comenta que sempre gostou de acompanhar jogos paralímpicos e não queria perder a oportunidade de ver algum.

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Os primos Daniela e Gabriel — Arquivo pessoal

“Quando os jogos estão em seu país todo esforço para planejar a viagem vale a pena. O preço das passagens não é barato, mas com planejamento antecipado é possível”, diz Macedo, que gastou R$ 189 com a ida e a volta de ônibus. “Se fosse em outro país não conseguiria ir por causa dos custos”, completa.

Para economizar ainda mais, eles ficaram hospedados em um hostel na Lapa, região central, por R$ 35 a diária, e pagaram R$ 20 em cada ingresso do jogo. A dupla embarcou na sexta-feira (17) à noite e retornou no domingo (19), cedinho.

Já o estudante de jornalismo Matheus Santos, 20, de Guarulhos, Grande São Paulo, considera que o evento foi mais acessível para os moradores do Rio de Janeiro. “Pude conversar com algumas pessoas que não foram à Olimpíada por causa do valor do ingresso e durante a Paralimpíada tiveram a chance de ir por ser muito mais acessível. Porém, para pessoas de outro estado é pior, porque hotelaria e transporte no Rio são caros”, argumenta.

Esse foi o terceiro grande evento esportivo que o estudante participou. Ele assistiu a alguns jogos da Copa Mundo no estádio de Itaquera, zona leste de São Paulo, fez trabalho voluntário durante a Olimpíada na arena de vôlei de praia e comprou ingressos para ver outros esportes. Por fim, retornou ao Rio de Janeiro para assistir às competições paralímpicas. Agora, já está planejando a viagem para a Olimpíada de Tóquio em 2020.

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Matheus Santos em uma das competições -Arquivo pessoal

Além de acompanhar esportes que admiram, os três viajantes foram surpreendidos por algumas modalidades. Para Macedo, a surpresa foi ciclismo de estrada e triatlo, modalidade que une natação, ciclismo e corrida. Daniela também se entusiasmou com o triatlo. Para Santos, a novidade foi o goalball, esporte disputado por atletas com deficiência visual, que jogam vendados com objetivo de fazer gol com as mãos. A partida exige silêncio na quadra para não atrapalhar a concentração dos jogadores. “Comprei o ingresso por curiosidade e foi uma surpresa e tanto, porque é um esporte muito bonito e criativo”.

Sobre a importância das Paralimpíadas, Santos diz que o evento representa o ápice do ser humano e do esporte, Daniela considera ser algo importante para inserir deficientes físicos no ambiente esportivo e para seu primo Macedo, a competição revela a superação e capacidade de cada atleta.

“A atuação de cada atleta também mostra que a Paralimpíada merece ser um evento tão importante quanto as Olimpíadas”, diz Macedo.

A Agência Mural participou da cobertura dos últimos dias da Paralimpíada a convite do Comitê organizador dos jogos Rio 2016

Priscila Pacheco é correspondente do Grajaú
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