APOIE A AGÊNCIA MURAL

Colabore com o nosso jornalismo independente feito pelas e para as periferias.

OU

MANDE UM PIX qrcode

Escaneie o qr code ou use a Chave pix:

apoie@agenciamural.org.br

Agência de Jornalismo das periferias
Acontece Mural

Debate sobre jornalismo nas periferias encerra 11ª Mostra Cultural da Cooperifa

Image

Por: André Santos

Publicado em 13.11.2018 | 19:28 | Alterado em 22.11.2021 | 16:42

Tempo de leitura: 2 min(s)

No sábado (10), aconteceu na zona sul da cidade, o encontro “Memórias e Imaginários: O que é o jornalismo nas Periferias” na Fábrica de Cultura Jardim São Luís. A mesa fez parte da 11ª Mostra Cultural da Cooperifa, e contou com a presença da Agência Mural de Jornalismo das Periferias, do coletivo Desenrola e não me Enrola e Periferia em Movimento.

Na conversa, mediada pela muralista Júlia Reis, correspondente de Taboão da Serra, foi abordado temas como as funções do jornalismo periférico, a disputa pelas narrativas periféricas, o direito à memória das periferias, o papel do jornalista, entre outros.

“Hoje é um dia histórico, acredito que seja a primeira vez que acontece uma mesa de debate sobre jornalismo das periferias na periferia. Já houve outras iniciativas nesse sentido, mas, nesse modelo de debate, mesa de discussão, é o primeiro”, afirma Thais Siqueira, diretora de Jornalismo do Você Repórter da Periferia.

A estudante e moradora do Capão Redondo, Mariana Costa Mendes, 23, conta que foi assistir a mesa anterior sobre “empreendedorismo” motivada por um professor da faculdade, resolveu ficar e afirmou que ‘valeu a pena’.

“Não conhecia nenhum dos três projetos envolvidos na mesa, e sim outros jornais, tipo ‘Capão News’, que fala mais de assaltos ou problemas na estação de trem. Vou seguir os três projetos nas redes sociais”, garante.

Ao falar sobre a função do jornalismo periférico, Júlia ressaltou que é necessário “minimizar os discursos de violência feito pela mídia hegemônica e suas consequências”.

Um dos criadores do coletivo Desenrola e Não Me Enrola, Ronaldo Matos, complementou: “é um trabalho de restauração histórica e nós temos direito a memória e contar as histórias dos bairros, que são ricas”, ressalta.

Ele reforçou ainda que passou 25 anos sem reconhecer o próprio território. “Foi uma matéria que fiz na minha quebrada que me fez entender o papel do comunicador nas quebradas. Tem que ressignificar ‘o jornalista’, desmistificar o “sabe tudo” e valorizar o olho no olho, ser importante na quebrada. Seu vizinho tem que bater na sua porta pra falar com você de algo que tá rolando no bairro”, alerta.

Para a debatedora Aline Rodrigues da Silva, do Periferia em Movimento,  o jornalismo periférico é também “para nosso público enxergar novas possibilidades e poder cobrar quem deve ser cobrado. A gente amplia a visão”.

A mediadora Júlia, diz que gostou da forma que foi retratada e introduzida a questão do jornalismo periférico no debate. “É de uma importância enorme ter a oportunidade de falar de jornalismo periférico para o nosso público. É uma honra fechar um festival de nove dias, com essa grandiosidade e importância histórica que a Cooperifa tem para as periferias”, finaliza.

receba o melhor da mural no seu e-mail

André Santos

Jornalista, entusiasta do carnaval, do futebol de várzea, de bares e cultivador assíduo da sua baianidade nagô! Correspondente do Jardim Fontalis desde 2017.

Republique

A Agência Mural de Jornalismo das Periferias, uma organização sem fins lucrativos, tem como missão reduzir as lacunas de informação sobre as periferias da Grande São Paulo. Portanto queremos que nossas reportagens alcancem outras e novas audiências.

Se você quer saber como republicar nosso conteúdo, seja ele texto, foto, arte, vídeo, áudio, no seu meio, escreva pra gente.

Envie uma mensagem para republique@agenciamural.org.br

Reportar erro

Quer informar a nossa redação sobre algum erro nesta matéria? Preencha o formulário abaixo.

PUBLICIDADE