“Muitos motoristas não respeitam os sinais. É horrível. Principalmente fim de semana, que têm muitos carros e muitos pedestres”, diz a desempregada e moradora do Grajaú Ingrid de Macedo, 20, ao falar da situação da avenida Dona Belmira Marin, localizada no distrito da subprefeitura Capela do Socorro, zona sul. A via está entre as 10 mais perigosas numa relação de 50 avenidas da capital de São Paulo presente no relatório de acidentes de trânsito fatais de 2015 divulgado pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Por: Redação
Publicado em 26.10.2016 | 13:04 | Alterado em 26.10.2016 | 13:04
“Muitos motoristas não respeitam os sinais. É horrível. Principalmente fim de semana, que têm muitos carros e muitos pedestres”, diz a desempregada e moradora do Grajaú Ingrid de Macedo, 20, ao falar da situação da avenida Dona Belmira Marin, localizada no distrito da subprefeitura Capela do Socorro, zona sul. A via está entre as 10 mais perigosas numa relação de 50 avenidas da capital de São Paulo presente no relatório de acidentes de trânsito fatais de 2015 divulgado pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Mais cinco avenidas da zona sul e duas da zona leste ocupam as primeiras posições. As marginais Tietê e Pinheiros permanecem na liderança de acidentes fatais, apesar da queda nos números.
Segundo o relatório, a Dona Belmira Marin registrou três mortes de pedestres por atropelamento, quatro de motociclistas e uma de ciclista, totalizando oito mortes em 2015. Com o mesmo total de óbitos seguem as avenidas Atlântica e Washington Luís e a Estrada de Itapecerica. A Estrada M’Boi Mirim e a avenida Teotônio Vilela, também na zona sul, registraram 9 e 12 mortes respectivamente. Já na zona Leste, as avenidas Jacu Pêssego e Aricanduva tiveram 12 e 11 fatalidades cada. Em todas houve mortes de pedestres.
Em relação à avenida Dona Belmira Marin, Ingrid acredita que para melhorar a situação é necessário colocar mais semáforos e oferecer educação de trânsito para conscientizar motoristas e pedestres do perigo. Ela conta que na altura do número 4.018 da via há faixa de pedestres perto de um ponto de ônibus e de um posto de gasolina, mas sem semáforo. “Quem mora aqui depende dessa avenida sempre. Melhorou muito hoje, mas na frente do posto tem uma faixa sem farol. Os carros dificilmente param e eu quase fui atropelada”, conta.
Já na altura do número 3.670, parte da avenida que é dividida por um corredor onde ficam pontos finais de duas linhas de ônibus, árvores e algumas barracas de comerciantes, foi implantada faixa de pedestres, mas existe semáforo apenas no sentido centro. Para atravessar a outra parte o pedestre precisa esperar que os motoristas parem por vontade própria.
Além disso, a avenida possui trechos com sinais desligados para visualização dos pedestres, caso dos presentes na altura do número 3.700. O problema ocorre desde o ano passado. Questionada sobre as falhas na sinalização, a CET não se manifestou até o fechamento da matéria.
De acordo com a pesquisa sobre mobilidade urbana publicada pela Rede Nossa São Paulo e IBOPE Inteligência, em setembro de 2016, o nível de satisfação dos moradores de São Paulo a respeito da sinalização para pedestres, numa escala de 1 a 10, é 5. A quantidade de faixas de pedestres e a localização delas é 5,5 e 5,4. Já a atuação das autoridades para se evitar os acidentes de trânsito ficou com média 4,4 e o respeito das leis de trânsito por motoristas e pedestres teve média 4,1.
Foto: Priscila Pacheco
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